Chloe Jordan jamais imaginou que sua vaidade iria salvar sua vida.
Tudo começou porque a britânica, de apenas de 21 anos, passou a se incomodar com um sinal de nascença que tinha na barriga, que, segundo ela, atrapalhava seus cliques. Ela decidiu, então, procurar um médico para estudar as possibilidades de removê-lo. Na consulta, a jovem admitiu que o sinal havia sofrido mudanças na cor e no tamanho nos últimos tempos.
Após a biópsia, ficou constatado que se tratava de um melanoma – forma mais agressiva de câncer da pele. “Eu tenho essa verruga no meu estômago desde que eu nasci e, quando ela começou a mudar de cor e forma no último verão, eu não prestei muita atenção. Eu não me preocupei. Ela ficou maior e adquiriu uma cor mais escura, mas a transformação não era alarmante”, contou Chloe ao Daily Mail.
A mudança na coloração e no tamanho de pintas deve ser sempre um alerta. Segundo a Dra. Mariana Meireles, dermatologista e membro da Comissão Científica do GBM, essas mudanças devem sempre motivar as pessoas a procurarem seu dermatologista, que vai saber indicar se há necessidade da remoção. “Mesmo que seja uma pinta presente no nascimento, isso não exclui a chance de ela se transformar em um câncer. Quanto mais precoce o diagnóstico, maior chance de cura”, alerta a doutora.
Chloe confessou que não sabia que aquela mancha na sua barriga apresentava uma ameaça à sua vida. “Eu me senti desconcertada, eu jamais imaginei sofrer algo sério enquanto eu sou jovem mas, ainda bem, ela estava atrapalhando as minhas fotos, e isso definitivamente salvou a minha vida”, disse, aliviada. Certa de que a informação sobre este tipo de câncer teria sido o diferencial para que obtivesse o diagnóstico mais cedo, ela resolveu compartilhar sua história nas redes sociais para alertar outras pessoas do perigo oferecido pelo melanoma. “Eu decidi publicar uma foto da minha cicatriz porque foi a cirurgia que me fez acordar para o que eu estava enfrentando. Eu sabia que se eu compartilhasse a minha experiência, ela poderia impedir que uma pessoa tivesse o mesmo problema que eu”.
Para o dermatologista e presidente do GBM, Dr. Elimar Gomes, histórias como essa revelam o desconhecimento da população sobre o melanoma e a necessidade de cada vez mais campanhas que aumentem o nível de conscientização sobre a doença. “Se tivermos um maior número de pessoas conscientes sobre o que é o melanoma e os sinais de alerta que nos levam a suspeitar dessa doença, teremos cada vez mais chances de diagnosticá-lo precocemente e curar nossos pacientes. Juntos, contra o melanoma, poderemos salvar muitas vidas”.